Os sinais da falta de sustentabilidade do sistema econômico mundial eram claros, para alguns analistas, no início deste século. Em 2005, Luciano Martins Costa produziu este ensaio, que foi premiado no ano seguinte pela União Brasileira de Escritores/RJ. Dois anos depois, a crise anunciada teve sua grande erupção, cujos efeitos seguem arrastando milhares de empresas para a bancarrota, desestruturando economias nacionais e empurrando milhões de famílias para a miséria, enquanto os donos do capital financeiro ampliam acumulam seus lucros. Na década seguinte, algumas das principais democracias do Ocidente elegeram líderes que em todos os sentidos representam ameaças à própria democracia e um risco para a paz mundial. Essa onda de retrocesso varreu também alguns países em desenvolvimento, causando grandes estragos sociais, ambientais e econômicos. Não há sustentabilidade possível com altos níveis de desigualdade social, mas os agentes encarregados de administrar empresas e Estados preferem ignorar os sinais de alerta.